O caso não era para menos pois, como o presidente Luca di Meo, definia, "cada lançamento de uma nova geração do Ibiza é um momento mágico para a nossa marca". Daí que a Seat tenha montado uma mega-operação em Barcelona para revelar, a centenas de jornalistas europeus, uma das duas grandes novidades que tem para este ano.
O novo Ibiza é de tal forma importante para a continuação do crescimento da marca espanhola – 5.º ano consecutivo a crescer, 410 mil carros vendidos em 2016, mais 30% que em 2012… – que teve até honras de estrear, no Grupo VW, a plataforma MQB-A0. O momento é de enorme entusiasmo pelas bandas de Martorell que ainda prepara mais um grande lançamento para o final do ano: o pequeno SUV Arona, feito com base neste Ibiza, será mostrado no salão de Frankfurt (Setembro) e vendido lá para Novembro.
Não é, pois, de admirar o discurso tão optimista de Luca di Meo, com números concretos para apresentar: "A Seat vive um momento que posso definir como… surpreendente! O Leon e o Alhambra tiveram o melhor ano de sempre em 2016, o Ateca só entrou no segundo semestre mas tem resultados fantásticos e até o Ibiza, em final de vida, conseguiu vendas magníficas. Após 8 anos de perdas e ‘break even’ em 2015, conseguimos 137 milhões de euros de lucros nos primeiros nove meses de 2016 que deverão ser consolidados no fecho das contas. E com o investimento que fizemos em 2015, de 585 milhões de euros em pesquisa e desenvolvimento, o nosso futuro é risonho!".
A "arrumação" permitida pela nova plataforma MQB-A0 – que os responsáveis da Seat não se cansavam de realçar ser o Ibiza o primeiro modelo do Grupo VW a usar – proporcionou ainda que, além da maior habitabilidade, se juntasse uma bagageira, de facto, muito volumosa, a maior do segmento B. E que, nas unidades que analisámos, ainda recebia uma roda sobressalente de socorro.
O primeiro contacto com o novo Seat Ibiza mostrou-nos um carro mais "adulto", embora mantendo a capacidade sedutora e até "rebelde" que tornou este modelo tão famoso e um pilar da história da marca espanhola. "Se não fosse aquele Ibiza de 1984 não estaríamos aqui hoje a apresentar esta quinta geração", recordava Luca di Meo um marco decisivo na história da Seat, à beira de comemorar o 67.º aniversário.